[ ponte de lima ] pontes: metáforas a que somos cada vez mais alheios. a margem só é margem se for uma alternativa. se depois de acolher se torna trincheira, é preciso voltar à(s) ponte(s). a indecisão, reaprender a olhar, escutar como até ali se não escutou, digerir antes de produzir. esperar como um fotógrafo, nunca como um franco-atirador. jogar a velocidade em cada segundo, guardar a luz, a palavra, na longa noite do Letes. só então esperar por Mnemósine, que podemos não reconhecer ou poderá nunca chegar.
arquivivo — amadeu liberto fraga ©
uma casa a arder lentamente, povoada por coisas sem utilidade